Fístula anal: como identificar e quais são os sinais de alerta?

A fístula anal é uma doença que causa desconforto, dor e pode afetar significativamente a qualidade de vida. Apesar de ser relativamente comum, muitas pessoas demoram a buscar ajuda médica, por vergonha ou por acreditarem que os sintomas vão desaparecer sozinhos.

Neste artigo, você vai entender o que é uma fístula anal, como identificá-la, quais são os sinais de alerta e quando procurar um especialista.

A fístula anal é um canal anormal que se forma entre o interior do canal anal e a pele ao redor do ânus. Ela geralmente surge após uma infecção (abscesso) que não cicatrizou completamente e acabou criando uma passagem entre essas regiões.

Esse canal permite a saída de secreção ou até fezes, e dificilmente fecha sozinho, tornando-se um problema crônico e recorrente.

Os sintomas podem variar conforme a gravidade da lesão, mas alguns sinais são bastante característicos:

  • Saída de secreção (pus ou líquido amarelado) por um pequeno orifício na pele próxima ao ânus;
  • Dor e inchaço na região anal, que podem piorar ao sentar ou evacuar;
  • Coceira, ardência ou irritação na pele ao redor do ânus;
  • Presença de um pequeno “carocinho” doloroso que pode drenar pus;
  • Episódios repetidos de abscessos (infecções) na mesma área;
  • Febre ou mal-estar, em casos de infecção ativa.

Se você apresenta esses sintomas, é essencial procurar um coloproctologista para avaliação. Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, melhor é o resultado do tratamento.

O tratamento da fístula anal é cirúrgico na maioria dos casos, pois o canal não costuma fechar sozinho. As técnicas variam conforme a localização e a complexidade da fístula:

  • Fistulotomia tradicional — abertura do trajeto para cicatrização natural;
  • Colocação de sedenho — fio que mantém a drenagem até o momento da cirurgia definitiva;
  • Procedimentos com laser (FiLaC®) — uma técnica minimamente invasiva que utiliza energia laser para “fechar” o trajeto da fístula por dentro, sem necessidade de cortes extensos.
  • Avanço de retalho mucoso, ligadura interesfincteriana, fistuloscopia video assistida e outras opções, para tentativa do tratamento das fístulas complexas. 

O laser atua de forma precisa, selando o trajeto muscular, reduzindo inflamação e estimulando a cicatrização, com menor dor e tempo de recuperação. Seus principais benefícios incluem:

  • Menos dor e sangramento no pós-operatório;
  • Cicatrização mais rápida e estética melhorada;
  • Menor risco de incontinência fecal, já que preserva os músculos do esfíncter;
  • Redução das recidivas (quando a fístula volta após o tratamento).

A individualização do tratamento seja para laser, células mesenquimais, VAAFT, depende de diversos fatores e o coloproctologista te orienta nessa jornada. 

No LabLaser, você encontra médicos especializados e atualizados nas técnicas mais modernas para tratar doenças da região anal com segurança, precisão e empatia.

Por Dr. Rafael Vaz Pandini

Coloproctologista

Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia

Certificação em anuscopia de magnificação pela Sociedade Internacional de Displasia Anal – IANS

Preceptor da Academia do Laser

Doutorando pela Universidade de São Paulo

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