Plicomas anais: o que são, cuidados e quando pensar em cirurgia

Os plicomas anais são pequenos excessos de pele que se formam ao redor do ânus. Apesar de serem bastante comuns, ainda geram muitas dúvidas, desconforto e até constrangimento em quem os possui.

Neste artigo, você vai entender o que são plicomas, por que eles surgem, como cuidar da região e quando a cirurgia pode ser indicada.

O que são plicomas anais?

Os plicomas anais são pregas de pele que se formam na borda anal, geralmente como resultado de processos inflamatórios anteriores. São alterações benignas, ou seja, não representam risco de câncer e não se transformam em lesões malignas.

Em muitos casos, os plicomas não causam dor, mas podem gerar desconforto, dificuldade de higiene e preocupação estética.

Por que os plicomas surgem?

Essas pregas de pele costumam aparecer após:

• Episódios de hemorroidas, especialmente as que inflamaram ou trombosaram
• Fissuras anais (pequenos cortes dolorosos no ânus)
• Pequenos traumas locais
• Cirurgias ou cicatrizações na região anal
• Constipação intestinal crônica e esforço excessivo para evacuar
• Higiene agressiva ou uso de produtos irritantes

Em resumo, qualquer processo que gere inflamação ou distensão da pele na borda anal pode resultar no aparecimento dos plicomas.

Cuidados essenciais com os plicomas

Mesmo quando não causam dor, os plicomas exigem atenção. Veja algumas recomendações importantes:

1. Higiene adequada

Lave a região com água morna e sabão neutro, evitando esfregar com força ou usar produtos perfumados e lenços umedecidos com álcool.

2. Evite o ressecamento intestinal

Adote uma alimentação rica em fibras (frutas, verduras, cereais integrais) e beba bastante água. Isso ajuda a prevenir a constipação e a reduzir o esforço evacuatório.

3. Evite roupas apertadas

Prefira roupas íntimas de algodão, que permitem melhor ventilação da região e evitam o atrito direto com a pele.

4. Observe possíveis sinais de inflamação

Fique atento a sintomas como dor, vermelhidão, coceira intensa ou secreção. Nesses casos, procure um coloproctologista para avaliação.

Quando pensar em cirurgia?

Nem todo plicoma precisa ser removido. Muitas pessoas convivem com essas alterações sem nenhum incômodo.
A indicação de cirurgia deve ser individualizada, levando em conta o impacto funcional ou estético que os plicomas causam na vida do paciente.

Principais indicações para cirurgia:

• Dificuldade de higienização da região anal, com acúmulo de resíduos e infecções frequentes
• Coceira, irritação ou dor persistente associada às pregas
• Incômodo estético importante, afetando autoestima e qualidade de vida
• Plicomas volumosos que interferem na rotina diária, como uso do banheiro ou prática de atividades físicas

Como é feita a cirurgia?

A remoção de plicomas é considerada um procedimento simples, realizado geralmente com anestesia local ou sedação leve.
O objetivo é remover o excesso de pele e melhorar tanto a função (higiene e conforto) quanto a aparência da região.

O laser no tratamento dos plicomas

O uso do laser ou radiofrequência é uma alternativa moderna que ajuda a minimizar o trauma cirúrgico, reduz sangramento e favorece a cicatrização.
No entanto, como qualquer procedimento, não existe garantia absoluta de resultado estético perfeito, e isso deve ser conversado com o especialista antes da decisão.

O mito do “bumbum de bebê”

É importante reforçar: a região anal naturalmente possui dobras e rugosidades.
A busca por uma aparência completamente lisa, sem nenhuma prega de pele, é irreal e muitas vezes desnecessária.
Procedimentos motivados apenas por padrões estéticos irreais podem causar mais prejuízos do que benefícios.

A avaliação deve sempre ser feita por um coloproctologista, considerando a funcionalidade da região e o bem-estar do paciente.

Os plicomas anais são alterações benignas e comuns, mas que podem impactar a qualidade de vida, principalmente quando dificultam a higiene ou causam desconforto.
A boa notícia é que existem cuidados simples para aliviar os sintomas e, quando necessário, tratamentos eficazes, incluindo cirurgia com técnicas modernas como o laser.

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